“Endereçar” estimula discussão sobre vulnerabilidade social

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Em mostra desde o dia 01/08, no centro Administrativo Fernando Ferrari, no centro histórico de Porto Alegre, onde funcionam diversas secretarias e órgãos da administração pública estadual a Exposição Fotográfica do DNIT, realizada pela Gestão Ambiental da BR-448 com apoio da Prefeitura de Canoas, denominada “Endereçar” tem sido motivo para debate entre os servidores do local.

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Servidores analisam as fases vividas pelas famílias e expostas na mostra

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Adir e Vânia posam ao lado do painel de apresentação

Com o objetivo de representar o processo de conquista gradual da melhora da qualidade de vida das famílias da Vila do Dique de Canoas beneficiadas pelo Programa de Reassentamento Populacional da BR-448, a Mostra retrata as três fases vivenciadas pela comunidade: Vila do Dique, Vila de Passagem (processo provisório) e nos loteamentos definitivos, despertando diferentes pontos de vista nos visitantes usuários e colaboradores como o da vigilante, Vânia Rosa da Cruz, 33 anos, mãe de dois meninos, “A primeira reação foi de impacto pelas condições das pessoas na primeira fase ( Vila do Dique). Depois fui olhando e entendendo o progresso deles. A evolução das famílias se deu da água para o vinho, nem parece que são os mesmos”, analisa. Mãe de dois filhos, Vânia completa: “Gostaria de trazer meus filhos para conhecer esta realidade, já que reclamam da vida”.

Com pontos de vista diferentes, outro servidor, que não quis se identificar acredita que as ações governamentais devem agir na causa e não nas conseqüências da vulnerabilidade social. “Sei que se faz necessário o processo de reassentamento, é uma questão de responsabilidade social e muito mais poderia ser feito por eles. Mas é preciso trabalhar na causa, na origem e não na conseqüência. Uma gestão adequada dos recursos públicos seria a solução”, observa.

Para o servidor, Adir Cabreira Gonçalves, 52 anos, morador de Alvorada, a fase vivenciada pelas famílias no Dique expõe com clareza a pobreza. “Está bem exposta. Tive a impressão da miséria, e que isso ainda existe”, finaliza.